quarta-feira, 13 de julho de 2011

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: REFLEXÃO E PRÁTICA NA EJA

O presente artigo faz parte de uma reflexão frente a pratica pedagógica vivenciada ao longo do exercício do magistério, por acreditar que o sistema de avaliação é dos entraves da educação.A forma equivocada como é concebida no interior da instituição educativa como também pela sociedade em geral sentiu-se a necessidade de discorrer sobre a temática visando refletir sobre a variedade de instrumentos e suas possibilidades de uso.A educação escolar é orientada por metas constituídas e por intenções da ação educativa. Neste sentido, se considerarmos a natureza social e a função socializadora da educação escolar, esta terá como razão última promover o desenvolvimento humano.Promover o desenvolvimento humano significa intervir neste desenvolvimento, dando-lhe um determinado sentido. Os instrumentos de avaliação deverão assumir características mais condizentes com a realidade de nossas escolas, tais como: resgatar a identidade do aluno, trabalhar na sua auto-estima, valorizar suas experiências de vida e principalmente, conceber o aluno como sujeito deste processo, como ser pensante, critico e criativo.Como e quando o professor utilizará este ou aquele instrumento? A tomada de decisão deve ser feita ao realizar o planejamento, ou seja, na formulação das situações de ensino e dos seus desdobramentos para trabalhar o tema com a sala.Existem muitos instrumentos de avaliação que podem ser utilizados pelo professor e pelo coletivo da escola, com o objetivo de envolver o próprio aluno no processo avaliativo.Dentre os instrumentos avaliativos mais usuais nas instituições de ensino temos:

• Mapa conceitual: fonte de coleta de dados para avaliação dos educandos, com o objetivo de verificar de que maneira se estrutura o conhecimento;

• Protfólio: permite a compilação de todos os trabalhos realizados pelos estudantes, para auxiliá-los a desenvolver a capacidade de avaliar seu próprio trabalho, refletindo sobre ele, melhorando-o e ao professor, traçar referencias de classe como um todo, a partir das análises individuais, como foco na evolução dos educandos ao longo do processo de aprendizagem;

• Discussão coletiva: permite a socialização de saberes, confronto de idéias e reflexão compartilhada;

• Conselho de classe: permite a troca de informação, registro pelo coletivo de professores com objetivo de promover o desenvolvimento do aluno, respeitando sua individualidade, seus limites e potencialidades;

• Auto-avaliação: instrumento capaz de conduzir o aluno a uma modalidade de auto-conhecimento que se põe em prática a vida inteira.

• Relatório: constitui-se pelo registro de dados que expressam a comunicação dos restados de planejamento concretizados;

• Observação: é elemento fundamental no processo de avaliação, fornece informações referentes à área cognitiva, afetiva e psicomotora do aluno.

Acreditamos que dentre alguns instrumentos de avaliação apresentados, o que realmente importa é saber, conhecer o mais adequado para determinado grupo de aluno, trabalho a ser desenvolvido.Faz-se necessário a construção de um referencial para avaliação que seja diferente da tradicional e que questione, por exemplo, a idéia de erro e sua importância no processo de aprendizagem Entendemos então, que não existe o melhor ou pior instrumento de avaliação, pode-se mesclá-los, de acordo com a turma, com o objetivo de perceber como os alunos constroem o seu conhecimento, principalmente na EJA, uma vez que os alunos já possuem experiências de vida que podem servir de ponto de partida para o trabalho a ser desenvolvido em sala de aula.Luckesi (1996) assim expressa:Pais, sistema de ensino, profissionais da educação, professores e alunos, todos tem sias atenções centradas na promoção, ou não, do estudante de uma série de escolaridade para outra. O sistema está interessado nos percentuais de aprovação/reprovação do total dos educandos; pais estão desejosos de que seus filhos avancem nas séries de escolaridade; os professores se utilizam permanentemente, por meio de ameaças; os estudantes estão sempre na expectativa de virem a ser aprovados ou reprovados, e para isso, servem-se dos mais variados expedientes. O nosso exercício pedagógico é atravessado mais por uma pedagogia do exame do que uma pedagogia do ensino/aprendizagem. (LUCKESI, 1996, p. 38)

Luckesi (1996) considera que a modalidade de avaliação aqui referida representa um instrumento de opressão sobre os educandos. Tal observação é feita tanto em relação aos professores e aos pais, quanto à própria sociedade que parece classificar conforme o nível de escolaridade. O autor ainda constata que a avaliação pautada essencialmente nas provas e nos exames remete ao plano secundário o significado do ensino e da aprendizagem, quando superestima estes mecanismos, perdendo assim a função de subsidiar a decisão de melhoria da educação oficial. Com relação ao autoritarismo implícito nas provas e nos exames, Luckesi (1996) assim expressa:A comunicação do que se pede num teste pode não ser claro, mas o professor com sua autoridade, sempre tenderá a dizer que ele tem razão e que o aluno não sabia, por isso, não deu a resposta. Não poderia ser porque não entendeu o que se pediu? A ambigüidade do que se solicita num teste pode revelar mal à expectativa do professor e deste modo a resposta do aluno poderá ser considerado inadequadamente, por não estar capacitado e só não manifestar o desempenho esperado por ter sido impossível entender o que se queria. Então o professor, autoritariamente, decide que a comunicação estava bem feita e o aluno deve ser classificado como incompetente. (LUKCKESI, 1996, p. 38). A reflexão que fazemos é no sentido de a avaliação e seus respectivos instrumentos não podem ser concebidos na contemporaneidade como uma “arma”, punição, pois essa concepção revela que o educador tem o prazer de evidenciar a não aprendizagem de seu alunado, e com isso não percebe que o fracasso de seus alunos, é conseqüência muitas vezes de um trabalho desenvolvido de maneira equivocada.(...) é importante, entretanto que o professor seja competente na elaboração desses instrumentos, o que certamente exige uma formação técnica que atualmente é muito rejeitada, tanto em cursos de formação quanto em treinamentos (CANDAU, 1994, p. 142) A opção por uma abordagem transformadora na educação tem forte incidência nos objetivos que a escola passa a perseguir, no tipo de ensino e, conseqüentemente, no tipo de instrumento que usa para avaliar seus alunos. De acordo com Candoau (1994, p. 03):(...) a avaliação é, sem duvida um dos aspectos mais problemáticos da prática na escola. (...) mesmo em escolas que desenvolvem um bom trabalho junto aos alunos demonstram debilidade nas suas práticas avaliativas. Analisando criticamente, considera-se que a avaliação deva ser caracterizada como uma atividade mental que deve permitir análise, conhecimento e diagnóstico do professor em relação ao aluno em qualquer modalidade de ensino. Trata-se de um processo de autoconhecimento, reforçando assim, sua natureza de pertinência às ações humanas, sobretudo no que se refere à educação formal, capaz de perpassar gerações.


Por Carlos Roberto Oliveira; Julia Oliveira Matos

terça-feira, 12 de julho de 2011

Questionário para identificação de possíveis problemas de voz:

Questionário para identificação de possíveis problemas de voz:

Assinale as respostas positivas:


( )Você acha sua voz rouca?

( )Alguém já comentou que sua voz é rouca?

( )Você ficou rouco mais que dois dias?

( )Sua voz fica rouca após ensaios?

( )Você tem ou já teve algum problema de voz?

( )Sua voz piorou depois que passou a cantar ou a pregar

freqüentemente?

( )No dia seguinte de uma apresentação ou de um ensaio você fica

sem voz ou com a voz rouca?

( )Durante as pregações ou canto, sua voz quebra ou some?

( )Você desafina ou perde o controle da emissão?

( )No canto tem dificuldades para atingir notas agudas?

( )No canto tem dificuldades para atingir notas graves?

( )Quando canta ou prega sai ar da sua voz?

( )Você tem alguns destes sintomas na laringe: coceira, ardor, dor,

sensação de garganta seca, sensação de queimação, sensação

de bolo na garganta?

( )Falta de ar para terminar as frases musicais?

( )Ao final do dia sua voz está mais fraca?

( )Quando você canta ou prega, suas veias saltam do pescoço?

( )Quando você canta ou prega, sente dores do pescoço?

( )Você canta ou prega mais de uma hora seguida?

( )Você pigarreia constantemente?

( )Você tem alergias nas vias respiratórias?

( )Você tem resfriados constantemente?

( )Você tem amidalites, laringites, ou faringites freqüentes?

( )Você tem dificuldades digestivas, azia ou refluxo gastro-esofágico?

( )Você se auto-medica quando tem problemas na voz?

( )Além de cantar ou pregar, você utiliza a voz em outras situações

como no trabalho secular?

(Questionário adaptado Behlau & Rehder _ Higiene vocal para canto coral – Revinter)



Observação:

Se você marcou mais do que quatro itens, fique atento e veja o que pode ser feito para modificar esses aspectos e se tais modificações surtem efeito positivo. Se você marcou acima de seis itens, procure um Fonoaudiólogo, sua saúde vocal pode estar correndo um sério risco.

Quando o assunto é soltar a voz busque como aliada a Fonoaudiologia! Ela ajudará você a conhecer e a descobrir sua própria voz, uma das funções mais fantásticas do corpo humano!



Dr. Pablo Inísio Araújo de Almeida

Fonoaudiólogo, Pós-graduando em Psicopedagogia-UCB

Docente do Centro de Cultura e Comunicação SENAC RIO

Fonoaudiólogo Colaborador do Conselho Regional de Fonoaudiologia 1a Região

Fonoaudiólogo da Equipe Pedagógica do Jardim Escola Antônio Ribeiro Feitosa-JEARF

Supervisor Técnico do Serviço de Fonoaudiologia do Centro Médico do Projeto Vida

Créditos: adaptado de http://corallouvorjovem.wordpress.com/2006/02/06/como-cuidar-da-voz/

Férias: é hora de descansar a voz!

Algumas dicas para utilizamos melhor nosso instrumento de trabalho.

1. Não fale em excesso, o uso da voz continuadamente sem preparo é prejudicial para a laringe, pois submete o aparelho vocal a um esforço prolongado. .

2. Não pigarrear, pois este ato causa um atrito entre as pregas vocais causando uma descamação na mucosa, podendo contribuir para o aparecimento de lesões e irritações.

3. Não gritar, falar em voz muito forte ou gritar sem técnica, causa uma sobrecarga nos músculos da laringe aumentando o risco do aparecimento de lesões na superfície das pregas vocais, ou até hemorragias. Os gritos devem ficar restritos a situações absolutamente necessárias.

4. Não falar sussurrando ou cochichando, pois embora aparentemente, cochichar ou sussurrar possa parecer inofensivo, na verdade este ato requer extrema força das estruturas da laringe e pode ser mais lesivo do que o falar com sonoridade habitual.

6. Não use roupas apertadas, principalmente no pescoço, na cintura e no abdômen, pois elas prejudicam a respiração e a emissão vocal.

7. Evite ambientes secos, a redução da umidade no ar, causa ressecamento no trato vocal, induzindo a produção vocal com esforço e tensão. É como se um sistema extremamente potente tivesse que trabalhar sem lubrificação. Se estiver exposto a ambientes secos (por exemplo com ar condicionado, ou em cidades onde a umidade relativa do ar é pequena) hidrate-se bastante, tomando vários copos de água por dia.

9. Durma o suficiente, o ato de falar é um ato de extremo gasto energético. A energia da laringe é recuperada através de descanso, mais especificamente através do sono. A voz nunca está boa após uma noite mal dormida. Programe-se para dormir o suficiente.

10. Estresse em excesso, prejudica a emissão, o que se observa através de cansaço vocal, falta de resistência vocal, rouquidão e ar na voz, podem ocorrer perdas de notas nas tessituras.

11. Beba bastante água, aos goles, cerca de 2 litros por dia, assim você estará hidratando todo o corpo e também o trato vocal.

12. Mantenha uma dieta balanceada, todas as funções especiais do corpo requerem grande aporte energético, evite excesso de gorduras e alimentos muito condimentados, o que atrasa o processo digestivo e limita a excursão respiratória.

13. Não utilize vinagre, gengibre, limão e sal, pois estas substâncias podem ressecar as mucosas e não devem ser utilizadas para efeitos vocais.

14. Não chupe balas ou chicletes de menta ou que causam sensações refrescantes, antes de suas apresentações para melhorar a emissão. O ato de mascar ou chupar pode relaxar e soltar a musculatura da laringe da boca e da faringe, o que contribui para uma melhor emissão da voz. O perigo está nos componentes que podem anestesiar e reduzir as sensações próprias da laringe prejudicando o canto e a fala, e até muitas vezes, o falante forçar bastante estas estruturas pela falta de percepção do esforço. O que pode causar lesões.

15. Evite bebidas gasosas antes de suas aulas (como refrigerantes e água com gás) elas produzem gazes podem comprometer sua emissão, e o refluxo gastresofágico causa irritação na mucosa das pregas vocais.

16. Aprenda com um Fonoaudiólogo a aquecer e desaquecer a voz antes e depois das aulas.

17. Cuide de sua saúde geral, manter-se em boas condições de saúde geral, auxilia a produção vocal, quer seja para o canto quer seja para fala. São raros os indivíduos doentes que mantêm boa emissão vocal.

18. Procure um Fonoaudiólogo para orientá-lo, como utilizar melhor a voz, ele lhe dará dicas importantes que vão auxiliá-lo por toda a vida.

Créditos: adaptado de http://corallouvorjovem.wordpress.com/2006/02/06/como-cuidar-da-voz/

INCLUSÃO – VOCÊ ESTÁ PREPARADO?

Oi gente!
A Nova Escola oferece um questionário para quem trabalha com educação inclusiva. Tente responder às questões e avalie se você é um educador ou uma educadora preparada para trabalhar o tema.




1 - Recusar a matrícula de um aluno por causa de uma deficiência é crime?
2 - Crianças com deficiência física necessitam de cuidados específicos na hora de se movimentar e participar de atividades na escola?
3 - O professor deve propor atividades escolares mais fáceis para crianças com deficiência?
4 - Crianças cegas precisam de profissionais especializados que as ajudem a ir ao banheiro e a se alimentar na hora das refeições?
5 - As crianças surdas são totalmente insensíveis ao som?
6 - Pais de crianças com deficiência podem exigir a matrícula de seus filhos em qualquer escola, pública ou privada?
7 - Quem apresenta comprometimento nos movimentos dos braços e também das pernas tem deficiência múltipla?
8 - Se a criança é cega ou tem baixa visão, é útil para ela que a escola tenha placas de sinalização nas portas e corredores?
9 - Estudantes com deficiência podem ajudar colegas sem deficiência nas atividades?
10 - Professores da sala regular devem incentivar estudantes sem deficiência a fazer parte do processo de inclusão de colegas com deficiência?
11 - A criança surda, com atendimento especializado, pode aprende a escrever no mesmo ritmo que as demais?
12 - A criança cega tem condições de reconhecer o rosto dos colegas de classe?
13 - Professores da sala regular podem adaptar materiais para facilitar a participação de estudantes com deficiência?
14 - Os estudantes com deficiência devem opinar sobre as medidas adotadas para apoiá-los na escola regular?
15 - Crianças cegas podem participar das aulas de Educação Física?
16 - Estudantes com deficiência mental conseguem desenvolver as habilidades de ler, escrever e fazer contas e ser independentes?
17 - Mesmo dominando a língua de sinais, a criança surda pode aprender a falar?
18 - Uma escola só pode ser considerada inclusiva quando tem crianças com deficiência?
Créditos: Nova Escola.